Torpedo… LOS!

Um All-New, All-The-Same New Frontiersnerd é lançado ao mar

John Ruskin inicia a sua introdução à segunda edição de Modern Painters com uma metáfora naval. Ele compara a sua posição na crítica de arte da Inglaterra do século XIX à do Royal Sovereign na batalha de Trafalgar. Ou seja: sozinho e exposto ao fogo de metade da frota inimiga.

Ruskin, que no fim das contas é ele mesmo, podia fazer essa comparação. O New Frontiersnerd, evidentemente, não: nem podia, nem pode. Sim, ele navegava pelo lado do estreito de Gibraltar em que ocorreu a batalha. Mas era só um barco de pesca que ultrapassava o limite do mediterrâneo da nossa Internerd para mostrar que lá existiam artigos sobre as histórias contadas nos quadrinhos, e não apenas jornalistas em busca de um crachá para entrar em um evento promocional de um filme qualquer. Algumas vezes os peixes eram frescos. Noutras, preparados em resenhas próprias, escritas no balanço das ondas.

No curso da navegação, no entanto, a situação tomou uma nova perspectiva: ela era mais importante se fosse reduzida à escala do próprio pescador [no caso, eu mesmo]. Acredito que seja perceptível que as resenhas cresceram em complexidade com o passar dos tempos. E isso aconteceu porque o meu barquinho foi turbinado com as peças sobressalentes de alguns destróieres. O que eu estou querendo dizer, caso você tenha se afogado na analogia marítima, é que eu li coisa pra caramba, e isso reverteu em favor das resenhas.

A clientela, ainda por cima, aparentemente também gostou mais da disputa nesses termos. No New Frontiersnerd já foram publicadas 45 resenhas, que correspondem aos 45 posts mais lidos da história do site.

Daí que veio a necessidade de promover essa reformulação. Como na prática já estava acontecendo, vou usar o site agora apenas para as minhas resenhas. Só elas migraram para o novo site e o seu visual bacana. Os posts antigos não vão desaparecer [você ainda pode encontrá-los aqui] e não vou sonegar os links que encontrar daqui pra frente. Só que eles vão desembocar ali nas redes sociais.

Para não deixar a metáfora marítima de lado, pense no novo New Frontiersnerd como o submarino do Calypso [o barco de Jacques Cousteau]. Ele era pequeno, com poucos tripulantes e passava muito tempo submergido. Mas pelo menos volta com imagens inéditas de peixes coloridos e não acabou como o Kursk.

Eventuais novos leitores: sejam bem vindos. Vá logo ler as resenhas: elas são o motivo da existência desse site.